Estamos vivendo num mundo cada dia mais desumanizado. As pessoas ainda usam os discursos solidários, as frases humanitárias que vem carregada de um conteúdo emocional e de bondade interior.
As igrejas continuam aumentando em número e nomenclaturas - dificilmente não há, em nossa vizinhança uma ou duas, no mínimo. Com isso quero dizer que, a sociedade procura manter o lado espiritual "alimentado" e em dia.
Infelizmente, alguns (não sei quantos desses alguns - se maioria ou minoria) vêm se blindando com esse lado espiritual, tendo uma denominação religiosa, um discurso do ser-bom para promover verdadeiras tragédias e horrores nas vidas de outras.
Estou vivendo isso na pele. Com uma dita AMIGA. Tudo planejado, estrategicamente delineado, colocado em prática numa das piores fases da minha depressão, onde eu me encontrava mais vulnerável. Estava sempre pronta a ajudar. Tão solícita que deveria ganhar uma beatificação por tamanho desprendimento. Uma pessoa no fundo do poço não consegue definir nem o que lhe é conhecido e rotineiro, que dirá imaginar viver e descobrir que será vítima de uma história digna de novela.
Quem não quer viver uma amizade em toda sua plenitude? Com trocas, risos, segredos, choros, conselhos, saídas e passeios, viagens, memórias?
Fui vítima de uma impostora que só depois de muito tempo, descobri que caí num golpe. O golpe da amizade. Ela entra na sua vida, na sua casa, te dá conselhos, se faz de amiga, você a coloca entre seus familiares, debaixo do seu teto. E o pior erro - acima de qualquer suspeita.
Nunca se deve perder esse olha crítico sobre pessoas. Não nesse contexto que estamos vivendo.
Essa infeliz, porque só pode ser, uma vida vazia e muito infeliz, parece que só queria ser eu. Com minha depressão, que com certeza ela não sabe o que é. Fechei os olhos e fiquei cega para tudo que ela copiava em mim - de comer o que eu gostava a fazer cursos que eu fazia. Hoje vejo como esse comportamento é anormal.
O amor, o carinho que sentia por ela se esvaiu como fumaça no minuto que descobri a serpente que eu imaginava ser uma boa pessoa. Atualmente, a vida dela se concentra totalmente em mim e no meu computador.
O porquê disso? Não sei. Descobri ainda sendo amiga dela, falando pelo telefone que ela rastreava meu computador, copiou e roubou todos os meus documentos. Claro, foi fácil. Dormia no quarto em minha casa onde eu tinha as senhas escritas, colocou programas espiões. Pediu ajuda a uma terceira pessoa que nem me conhece para me prejudicar que prontamente aceitou.
Minha teoria é que ela só vê onde moro, que é o sonho dela, ficar perto da praia, sabendo que não tenho essa vontade e nem faço esse uso. E dizia que tinha depressão. Eu duvido muito que quem tenha depressão, que esteja tão cheio de dor de si mesmo tenha tempo e motivação para fazer algo desse tipo, pois senão faria primeiro as coisas mais básicas a si próprio.
Cuidado. Nunca se conhece ninguém totalmente que entre na sua vida principalmente quando vc quer que entre.
A essa criatura infeliz que me persegue como um cachorrinho - no dia em que eu morrer não vou levar o computador, então ela precisa pensar no que vai fazer com seu tempo! Deve ser muito duro tentar viver a vida de outra pessoa. É o cúmulo da falta de autoestima. Me dá muita pena na verdade.
Talvez seja hora de colocar em prática todo o discurso religioso que ela usa para se blindar e manipular as pessoas sobre sua inocência.
Quem sabe Deus, em toda sua grandiosidade mostre que cada um deve ser grato a ele por ser quem é? Nós é quem nos desviamos do caminho do certo e do errado. Mas sempre há tempo para um novo recomeço.
Mas fica a dica!
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