PEDOFILIA: É PRECISO SABER DIAGNOSTICAR E PREVENIR


Infelizmente, pelas informações passadas pela mídia, cresce vertigininosamente o número de casos de abuso sexual à criança e adolescente, ou seja: o número de pedófilos está aumentando.
Pensando nessa cruel realidade, decidi fazer este texto, baseada em meus conhecimentos como pessoa e educadora que, também já experenciou situações suspeitas em relação ás crianças das escolas onde trabalhei. Não ando suportando tantas matérias na TV sobre o assunto. É preciso se conscientizar.
Minhas humildes sugestões para identificar ou evitar o abuso sexual são:
* Acreditar em algumas afirmações básicas feitas por órgãos legalmente constituídos como Conselhos Tutelares, Delegacias Especiais, Varas da Infância e Juventude, Campanhas do governo brasileiro e ONG's devidamente reconhecidas e cadastradas: PEDOFILIA É CRIME, extremamente prejudicial á vida presente e futura da criança, é humilhante, um abuso de poder e realizado, pelas estatísticas, por adultos masculinos, parentes ou próximos á criança. Infelizmente figuram no topo da lista: pais e padrastos. As meninas são mais sujeitas á esse crime do que os meninos; acontece em todas as classes sociais. Um dado surpreendente, passado por especialistas no assunto é que, quando ocorre em famílias cujo adulto masculino é um padrasto, a mãe, ocasional e inconscientemente, faz o possível para não enfrentar a realidade caso esteja acontecendo em sua casa. É o que denominamos de fugir da realidade, fazer de conta que não vê ou não sabe;
* Optar por deixar à criança em creche ou escolas de período integral; caso a criança seja mais velha e não tenha escolas e instituições que ofereçam essa modalidade, ter uma mulher da família, de preferência, para acompanhar a criança / adolescente em suas atividades e ficar com a mesma em casa, se isso for necessário; de preferência uma parenta responsável, que seja avisada da necessidade de realmente cuidar da criança e não simplesmente estar dentro da mesma casa que ela.
* Vizinhos nem sempre são confiáveis, apesar do aspecto "sou do bem"; ninguém tem escrito na testa: SOU PEDÓFILO. Sabemos que o maior parte dos casos em que o abuxo sexual acontece atualmente, são realizados por pessoas do sexo masculino e com parentesco próximo à criança; mas a chance de acontecer através de um estranho também é muito grande;
* Tenha plena certeza de que a criança está feliz e não mudou seu comportamento: crianças abusadas sexualmente geralmente tem uma mudança brusca no comportamento facilmente identificável para os pais, mães ou avós que moram com o (a) menor e que estão atentos á ele, todos os dias;
* Mesmo que a criança já tome banho sozinha, procure acompanhar esta atividade de higiene de vez em quando, com o pretexto de cuidá-la. Atente-se para qualquer marca no corpo e a forma como se apresentam os órgãos íntimos;
* Sempre, sempre, sempre que tiver tempo, estabeleça conversas com seus filhos: para isso não há hora - ou você se habitua a fazer isso ou não. O importante é a qualidade do tempo que você dispensa à ele, não a quantidade. Conheci muitas mães que trabalhavam fora e me diziam, enquanto eu era professora de seus filhos, que não tinham tempo para conversar com eles, pois, quando chegavam do trabalho, tinham que cuidar dos afazeres domésticos. Está aí, ao meu ver, um momento em que é possível fazer duas coisas ao mesmo tempo: seus afazeres e ir conversando com a criança e atenta ao seu modo de contar seu dia.
* Pai é pai, na maioria das vezes. Também tive o prazer de conhecer padrastros de conduta ilabada. O caráter de uma pessoa não é difícil de conhecer. Quem é honrado e bom, demonstra essa característica quase o tempo todo. Mas a figura masculina adulta que permanece com a criança a maior parte do tempo, lidera a lista dos abusos sexuais contra ás crianças e adolescentes. Este é um dado de pesquisas, passado pelos Conselhos Tutelares.
* O abuso sexual é uma questão de oportunidade: EVITE o quanto puder deixar seu (sua) filho (a) longe de você. Entrevistando a mãe (casada pela segunda vez) de uma aluna (com padrasto) de 5 anos, perguntei, conforme o roteiro da escola, com quem a criança ficava, caso não estivesse na escola: a mãe prontamente respondeu: - "Comigo ou com ninguém mais." Perguntei: - "E com seu marido?" Ela disse: - " Também não deixo. Ou ela vai comigo onde preciso ir ou não vou." Estava implícito o cuidado dessa mãe com a possibilidade de algum abuso sexual. E era uma mãe que trabalhava fora o dia todo.
* Muitas mães não evitam a exposição da criança: não há necessidade alguma de se vestir uma criança, no caso, meninas, como adultas. Vejo corrriqueiramente, em qualquer lugar, crianças de 7/8 anos vestidas e arrumadas como se fossem mimi mulheres sensuais, com vestidos curtos, batom, esmaltes, shorts curtíssimos. Ou seja, erotizadas pelos próprios pais. Criança deve se vestir como criança. Tudo tem sua hora. Ou você tem autoridade sobre seu (sua) filho (a) ou ele (a) terá sobre você. No pior dos casos, outro adulto terá essa autoridade e pode ser um abusador.
*Evite deixar a criança com estranhos ou muito tempo longe de suas vistas; o melhor local, como já disse acima, é na creche ou escola de educação infantil.
*Pessoas que são usuários de drogas ou alcóolatras, que não tem ocupação, também podem ser abusadores em potencial, ainda mais se não tiverem relacionamentos de amor e respeito por você e pela criança. Aliás, qualquer pessoa nessas condições, se torna perigosa para os pequenos. Outro dado passado pelos Conselhos Tutelares é de que o abuso, também ocorre mais frequentemente através dos padrastos, irmãos mais velhos e parentes masculinos.
*Evite deixar a criança com adultos que você, rapidamente, considerou um bom vizinho, um bom inquilino e etc. Deixar o (a) menor em casas que oferecem estes serviços também não se mostra uma decisão 100% confiável. Além da figura feminina que cuida, deve haver outros homens na casa. Também já ouvi relatos e boatos não confirmados de mães que deixavam seus filhos neste tipo de casa, onde a "cuidadora" tinha todas as características confiáveis mas que, suspeitavam de abuso sexual contra às crianças pelo marido da cuidadora. Não se esqueça que provavelmente há outros moradores na casa. Se optar por este tipo de serviço, procure sabem quem mora na casa, seus hábitos e sua ocupação.
* Converse sobre esse assunto com seu (sua) filho (a): sempre de modo a não assustá-lo e de maneira indireta, como por exemplo, avisá-lo de que, independente do que outro adulto disser, não deixe que ninguém a toque intimamente. Se você é uma mãe ou pai que tem como hábito conversar com seus filhos, este tipo de conversa não parecerá estranha. E avisá-la também para que não aceite dinheiro ou doces de estranhos, além de sempre confiar em seus pais, em primeiro lugar.
*Por minha própria experiência, geralmente, as educadoras de creche e educação infantil são totalmente atentas na hora das trocas e banho das crianças, além de considerar seriamente qualquer tipo de dor que a criança expresse estar sentindo; muitas vezes já convocamos pais por situações suspeitas vistas em escolas de educação infantil e creches. É uma segurança a mais para você.
* Consultas médicas periódicas com o(a) pediatra de sua confiança também diminuem, em muito, a chance de pessoas mal intencionadas acharem que não serão descobertas, caso estejam tentando aumentar a intimidade com a criança e de abusá-la. Você pode e deve conversar sobre isso com o (a) pediatra.
* É um dever de todos alertar mães que estejam próximas: abusos acontecem, principalmente quando a mãe não está presente, tem horários fixos e não pensa sobre o assunto. Fale sobre esse fato com vizinhas, amigas, pessoas que prestam serviços na sua casa.
* Só deixe seu  (sua) filho (filha) sair sozinho(a) em extrema necessidade. Nos dias hoje, esse tipo de autonomia é menos importante do que cuidar da segurança e integridade física da criança; o mesmo vale para os hábitos de deixá-los dormir na casa de amiguinhos: procure saber quem são os pais, quem mora na casa e, estreitar as relações com eles, sabendo, deste modo, de seus hábitos.
* Esteja ao par dos acontecimentos informados na mídia e confirme por você mesmo; nesses infelizes casos já consumados há como aprender como e onde foi realizado o abuso, portanto, "não pague pra ver" acontecer com seu (sua) pequeno (a).
* Adolescentes têm características próprias de sua idade - perto dos 12 anos já começam a não querer conversar e confiar nos pais, devido à diferenças de opiniões, principalmente em relação à namorados/ paqueras e influência de amigos (as) (o que é muito natural e acontece em quase todos os lugares do planeta). Não é o caso de afastá-lo das atividades sociais de seu interesse e nem de proibir que tenham seus próprios amigos e sim de  colocar, sobre o crivo da análise o que e como você fala sobre esses novos interesses do adolescente, além de verificar, sempre, como anda o relacionamento de vocês; não deixe que a intimidade e confiança que ele (a) tem em você seja abalada, é primordial. Participe das atividades, conheça os amigos, faça amizade com os mesmos, leve e busque sempre que puder. É imprescindível saber onde e com quem ele (ela) está. Lembro de ter dormido fora de casa, quando criança e adolescente, apenas em 2 casos: em um acampamento oferecido pela Igreja e que meus irmãos mais velhos estavam me acompanhando e na casa de duas amigas íntimas de minha mãe.
* O uso da internet, sem a supervisão do adulto responsável pelo adolescente é um dos mais poderosos canais de tentativas de abuso e atentado ao pudor. Não deixe a criança/ adolescente decidir por ele mesmo quantas horas ficará utilizando a internet e nem os horários: quem decide isso é o adulto. Cuidado para que esse contato não seja feito através de lan-houses ou casa de amigos (as) que ficam sozinhos em casa; Proíba o uso de salas de bate-papo e não tenha uma câmera conectada à disposição. Recebi um e-mail, há tempos atrás, de um policial membro de órgãos contra a pedofilia, contando como foi fácil achar a casa de um adolescente, a escola e saber de suas atividades, se passando por alguém da mesma idade numa sala de bate-papo. Ele foi até a casa dos pais e contou como conseguiu os dados e alertou os pais, boquiabertos, dos perigos que o (a) filho (a) deles corria. Se você não sabe usar computador, passou da hora de aprender. Necessidade primordial e, de preferência, aprenda com outro adulto, não seu próprio (a) filho (a). Seria dispensável dizer que acesso a conteúdo adulto, por parte dos pais, não deve ser de conhecimento dos filhos e muito menos, na frente dos mesmos.
* Não se esqueça que o adolescente ainda é ingênuo perto da engenhosidade do adulto e tende a confiar e contar dados pessoais como: escola onde estuda, bairro que mora e etc, de forma a ser alvo fácil de um pedófilo. Hoje em dia há como se proteger do acesso á páginas e sites não recomendados. Coloque senha no computador, verifique o histórico e lembre-se: o mais importante é que seu (sua) filho saiba sobre sexo através de conversas com seus pais e não de estranhos.
* Câmeras de fotos deve estar sob seus cuidados e sob sua supervisão. Não dê como presente para que o (a) jovem a utilize sem que você saiba. Fui testemunha do vazamento de fotos pornográficas na internet da sobrinha de uma amiga que estava sozinha em casa. O prejuízo é para sempre, não se esqueça disso.
* Os programas de televisão, aberta ou a cabo têm casa vez mais, apresentado imagens e conteúdos para lá de impróprios. Crianças e adolescentes frequentemente tem ídolos. Cuidado para que o escolhido por seu (sua) filho (a), não seja um artista com vida desregrada, envolvido com drogas, brigas e que tenha imagem vulgar. O mesmo vale para as pretensas músicas de moda: não é e nem nunca foi bom achar bonito sua filha assistir e aprender a dançar e cantar músicas com conteúdo que faz apologia à pornografia e movimentos sensuais; e os meninos, escutarem e aprenderem músicas com conteúdo explícito ou não à violência e ilegalidades.
* Infelizmente, há casos registrados de casais doentes em relação ao abuso: a mãe é cúmplice do adulto masculino. Caso saiba desse tipo de caso, denuncie! Conheci uma criança de 8 anos, abusada sexualmente de modo inidizível que, me pareceu extremamente infeliz, calada, pouco á vontade na situação de conhecer estranhos (mulheres ou homens) e com a auto estima baixíssima. Uma vida que deveria ser protegida e que foi alvo de uma das mais terríveis crueldades que já chegou ao meu conhecimento. Ao ser constatado o abuso, o padrasto fugiu e a mãe foi proibida de ter contato com a filha. Hoje, a menina mora com os avós. E a visão que ela terá de sexo quando crescer, com certeza será bastante deturpada por culpa de adultos sexualmente pervertidos.

Para saber mais, alguns sites interessantes:







Delegacias Especializadas e Varas de Infância e Juventude por Região e Estados:

Conselhos Tutelares por Estado:

Filmes que tratam do tema (a serem vistos por pais):

Campanhas e Matérias Atualizadas:

O mínimo que você pode fazer é colocar o banner contra a Pedofilia em seu site, blog e outras redes sociais. Mostre que você apóia essa causa!
Comentários e opiniões serão bem vindos!
Espero que esta postagem seja de alguma utilidade.

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