MEU SONETO PREFERIDO - SHAKESPEARE

Soneto 116

De almas sinceras a união sincera
Nada há que impeça.
Amor não é amor
Se quando encontra obstáculos se altera,
Ou se vacila ao mínimo temor.


Amor é um marco eterno, dominante,
Que encara a tempestade com bravura;
É astro que norteia a vela errante,
Cujo valor se ignora, lá na altura.

Amor não teme o tempo, muito embora
Seu alfanje não poupe a mocidade;

Amor não se transforma de hora em hora,
Antes se afirma para a eternidade.

Se isso é falso, e que é falso alguém provou,
Eu não sou poeta, e ninguém nunca amou.


Liza Alessa para Clóvis, meu Romeu.

2 comentários: